O cérebro é um órgão de vital importância para o funcionamento de todo o nosso organismo. Saber como ele funciona nos ajuda a entender melhor algumas doenças que afetam o cérebro e as suas linhas de tratamento.
Uma curiosidade que pensamos pouco a respeito é como o cérebro trabalha com as informações. Ele processa junto às estruturas do encéfalo tudo o que recebe por meio dos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato), coordenando nossos movimentos, comportamentos, emoções e, ainda, funções ligadas à inteligência, linguagem, consciência e memória. É por isso que qualquer disfunção no cérebro pode desencadear consequências em todo o corpo humano e em seus sentidos.
Dentre algumas das doenças que afetam o cérebro e as funções do indivíduo, estão quatro:
Trata-se de uma doença de evolução contínua que causa a perda de memória e, em longo prazo, demência. É caracterizada pela degeneração das células cerebrais e das conexões entre elas, atingindo, principalmente, pessoas a partir dos 60 anos de idade.
Ainda não foi descoberto o motivo que ocasiona esta degeneração celular e, em virtude disso, a curapara a doença ainda não é possível. No entanto, quando diagnosticada no início – como outras doenças que afetam o cérebro – é possível retardar o seu avanço, controlar melhor os sintomas e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente e seus familiares.
Os sintomas da doença de Alzheimer começam de forma sutil, com um esquecimento aqui e outro ali, geralmente de momentos recentes, mas com o passar do tempo a pessoa pode não se recordar do nome dos filhos, perder-se em caminhos já conhecidos, passa a ter dificuldade para se locomover, engolir os alimentos, e assim por diante.
Tremores, lentidão para se movimentar, rigidez muscular e alteração da postura (postura fletida para frente) e do equilíbrio postural são alguns dos sintomas da doença de Parkinson. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população acima dos 65 anos apresenta a doença.
Assim como na doença de Alzheimer, a doença de Parkinson é progressiva e também ocorre por perda de células do cérebro, especificamente a dopamina, sendo que o motivo para esta perda também não é conhecido. E em virtude disso, não é possível oferecer cura aos pacientes.
A dopamina é uma substância que está envolvida em funções motoras e comportamentais e sua ausência ainda pode desencadear alterações do sono, do olfato (redução ou perda), do humor (depressão), do hábito intestinal (constipação intestinal), da fala, deglutição, entre outros.
Neste link você encontra diversos vídeos gravados com nossos especialistas para falar a respeito da doença e seus tratamentos, entre medicamentos, terapias de manutenção funcional e cirurgia.
Poucas pessoas sabem, mas a enxaqueca também é uma doença que afeta o cérebro.
Também conhecida como migrânea, ela é considerada o tipo mais comum de dor de cabeça – responsável por quase 60% de todas as cefaleias, com predominância no sexo feminino, devido a fatores genético-hormonais.
A enxaqueca se apresenta como dor unilateral, de um lado só da cabeça, latejante, de intensidade moderada a severa, que pode se agravar com atividade física. Além disso, náusea e/ou vômito; sensibilidade à luz (fotofobia), ao som (fonofobia) e à odores fortes (osmofobia), também podem se somar aos sintomas.
Em casos crônicos (mais de 15 dias por mês de dor, com ocorrência em meses sequenciais), o tratamento deve envolver terapias multidisciplinares com uso de medicamentos preventivos e para a contenção de crises, com orientação para mudanças de hábitos alimentares e de comportamentos em geral que possam ser gatilhos da dor. Dentre as inovações medicamentosas para a enxaqueca crônica está a aplicação de Toxina Botulínica A, substância que ajuda a inibir os sinais de dor enviados ao cérebro. A aplicação é injetável em pontos estabelecidos na cabeça, pescoço e região cervical por neurologista especialista na doença e na aplicação.
A epilepsia é uma doença que se caracteriza pela alteração das conexões neuronais, em que o cérebro emite sinais disfuncionais, localizados ou espalhados por todo o cérebro, causando crises/sintomas de diversas ordens, tais como:
• Contrações musculares;
• Convulsões;
• Perda de percepção;
• Mal-estar na boca do estômago;
• Micção involuntária;
• Mordedura da língua;
• Movimentação espontânea e incontrolável das mãos, braços e pernas;
• Respiração ofegante;
• Salivação intensa.
O diagnóstico da epilepsia deve ser realizado por um neurologista, que irá avaliar quais são as melhores alternativas de tratamento, mas a doença ainda não apresenta cura. As opções para o controle dos sintomas podem ser medicamentosas e/ou cirúrgicas.
Este conteúdo não substitui a orientação do especialista. Para esclarecer quaisquer dúvidas e realizar diagnósticos, consulte o seu médico.